antigo

De gestos já antigos, aquela rua já estava cansada de nos ver, soava um tom cinzento e frio, tal como a alma, tal como eu, porque eq tudo o que é bom, tudo o que nos faz viver, ou melhor sobreviver acaba sempre da forma mais cruel, basta fechares os olhos, e deixares-te voar, simplesmente deixa-te chegar ao sofá, aquele sofá; ás 4 paredes, que por instantes foram nossas; ao corredor onde chorámos a rir por um espanta espíritos; ao chão que pisamos juntos de mãos dadas pausando para caricias,sorri, e era inabalavelmente o sorriso mais bonito e sincero, por momentos pensei que fosse.. talvez nem tenha pensado, ou talvez o problema tenha sido pensar de mais, sei lá, mas deixa-me ir mais longe, deixa-me lembrar-te dos gesto (des)envergonhados, dos sorrisos que nos fizeram contemplar do melhor que eu tinha, das mãos dadas por baixo da mesa, sempre com o medo que nunca mais as pudesse-mos tocar, mas sabes que mais? Não o olho para trás com rancor, com arrependimento, nao era capaz. um dia, quando for capaz debruçarei-me sobre aquele lago, e no reflexo da agua vai deixar de haver um outro sorriso, o teu, vou chorar e amargurar-me por todos os erros e desilusões que causei, voltarei a passar naquele campo e voltarei a sorrir da mesma forma como quando sorri da primeira vez que ali estivemos, voltarei a sentar-me naquele banco, e pedir-lhe segredo á nossa historia, é unica e sagrada. vou conseguir virar esta pagina, fechar este capitulo, mesmo que tente rasgar, e apagar cada letra e numero, ou mesmo por uma cruz por cima, a força do amor, impede-me, vou conseguir eu prometo!
Hoje, olho para trás e encho-me de orgulho, depois de paginas, e paginas em branco, vou voltar a escrever-te, começo uma nova folha, e com um titulo bem bonito ‘amor, de AMIZADE’