o que há mais para fazer? as palavras desgastaram-se e hoje já não fazem o mesmo sentido que no primeiro dia, tudo o que queria era apenas apagar as ultimas páginas que aparentemente escrevemos sozinhos, cada um por si, está certo que duas pessoas que estejam ligadas por um sentimento universalmente único, e verdadeiro, tenham de se separar? afinal qual é a verdadeira razão para que o vento não vire esta pagina da mesma forma que virou as outras, e que deixe este capitulo ainda aberto, para que as palavras falem ainda mais alto? tanto que as mesmas nos magoem vezes sem conta. percorremos sempre, no mesmo ritmo, com os mesmos passos, aquele que era o nosso caminho. de mãos dadas aprendi aquilo que jamais pensei que alguém me fosse capaz ensinar, e tão bem, mas ao longo do tempo fomos deixando promessas pelo caminho, essas que deixei de acreditar na possibilidade de ainda se cumprirem. tudo o que levámos a construir, sem nunca deixar que ninguém interferi-se, será que temos força suficiente para destruir tudo isso, agora? será que valeu a pena? eu? eu tenho a certeza que sim!
fizemos de nós, aquilo que mais ninguém iria conseguir, aquilo que mais ninguém conseguirá, basta olhares para trás, já nem falo no primeiro dia, naquele que foi sem duvida, o melhor dia da minha vida, mas falo de todos os outros que igualmente foram especiais, verdadeiros, intensos, importantes e sobretudo nossos. inocentemente, tropeçámos em demasiados obstáculos, obstáculos esses que a meu entender eram provas de que o amor, era forte e verdadeiro, e se apenas tropeçamos, porque é que agora caímos desta forma? palavras que consciente ou inconscientemente dissemos, como é que deixam de fazer sentido assim? como é que se rasgam folhas sem rasgar? como é que se faz para recuar o tempo? como é que se apagam letras que de olhos vendados desenhámos? como é que começamos de novo? como e que eu vivo sem ti? como? tantas foram as vezes em que embatemos contra demasiadas pessoas, e essas pessoas por bem ou mal, fizeram crescer um amor que não conseguirei partilhar com mais ninguém, nada fará tanto sentido, como tu, eu e aquele verde horrível do banco, onde começou um amor muito mais que bonito. foram meses, semanas, dias, horas, minutos e é possível que não consiga arrepender-me de um único só segundo? é! Porquê? Porque te amo!
Deixo o vento encarregar-se do nosso futuro, deixo apenas para ele saber, que te amo, e que embora todas as magoas, todas as feridas causadas, todas as palavras ditas de cabeça quente, todos os erros, os momentos, todos os segredos que partilhamos, tudo aquilo que faz parte de nos, é superior a qualquer coisa que nos deite abaixo, e por fim, acabo da única forma possível: amo-te.