senti que tudo o que fiz por ti, nao tivesse valido a pena, senti que todos os beijos molhados, nao passaram disso, "beijos". senti que todas as palavras gastas, nao passaram de verbos, adjectivos, preteritos imperfeitos. senti que os textos de coração aberto nao passaram de rascunhos de memoria fechada. por fora luziam sorrisos de orelha a orelha, por dentro o calor da desilusão, destruia o que ainda restava. as palavras doces que saiam sem querer, eram naturais, palavras que falavam por si, gestos que diziam tudo. segredos que partilhavamos com "4 paredes" . ainda me lembro quando fazias aquela cara que pedia sempre mais, aquele beicinho de quem queria um beijo para obter o sorriso, aqueles olhinhos que brilhavam quando te tocava, quando dizia que te amo daquele jeito que tu sempre gostavas, a tua maneira de me abraçar, de me agarrar, de me falar, era diferente de todas as outras, era especial. hoje ainda tenho o teu cheiro na mente, ainda é em ti que penso, ainda és tu que quero, embora doa. ainda me lembro de quando amuava, fugia, tu vinhas atras e beijavas-me de uma forma especial. ainda me lembro de palavras, que embora nao fossem verdade, me fizeram a mais feliz, me fizeram sentir apaixonada.
(e) se me perguntassem se repeteria tudo de novo contigo, eu ia responder com a maior convicção, que SIM.
mas, como há sempre umas "mas":
hoje, escolheste outro caminho, alguem te empurrou.
hoje gritei, que nao valeste a pena, mas por dentro nao era isso que sentia.
hoje á vista de todos, a vontade era de chegar perto de ti, e fazer-te sentir a dor de quem sofre, com algo que fisicamente doê-se na pele, mas por dentro a vontade era de te beijar, agarrar, e nunca mais te largar.
hoje só queria pensar que o que via era mentira, agora só consigo acreditar que fui apenas "mais uma", no meio de tantas.
hoje nao passaste de um cobarde, de um mentiroso, de um lambe-botas, hoje nao és nada, apenas mais um jovem "esfomeado", e sem nada na cabeça.
agora depois de tudo, depois de meses a chorar e rir, depois de meses a amar, amar de verdade, sei que o teu conceito de amar é vago, é muito vago, porque és capaz de o dizer a qualquer uma.
deixas-me cair, mas eu sei levantar-me sozinha, e nao preciso mais das tuas mentiras, das ilusoes. nao és tu que me vais fazer baixar a cabeça, hoje digo sem medo, receios ou angustias algo que sempre temi. hoje, acabou.
p.s: embora que por dentro, e por fora ainda te